Praia Vermelha do Sul

Praia dos Arquitetos

A Praia Vermelha do Sul, também conhecida como Praia dos Arquitetos, com suas areias banhadas pelo sol desde o amanhecer, protegida pelas sombras dos inúmeros chapéus de sol ali plantados, além da vegetação preservada. Apesar de ser considerada como praia de tombo, suas águas são mansas, tornando a praia apropriada para crianças. Localiza-se numa pequena enseada da Baía da Fortaleza, no município de Ubatuba. protegida de ondas maiores pelo promontório existente entre a Praia Vermelha do Sul e a Praia do Costa.

Refúgio ecológico de paz e tranquilidade, com muito verde, pássaros, esquilos e beija-flores, localiza-se ao sul de Ubatuba, distante do centro da cidade cerca de 25 km.

Suas terras foram ocupadas até 1951 por famílias de caiçaras, com o plantio de bananas e mandioca além da criação de alguns animais. Neste ano, Leon e Olga Sisla, levados ao litoral norte por Bráulio Santos, um ilustre filho de Ubatuba, acabaram adquirindo as posses das diversas famílias ali então residentes.

A essa época ainda náo existia a rodovia Caraguatatuba-Ubatuba, a SP-55, e que só veio a ser construída em 1967.
O casal Sisla já havia adquirido a praia de Sete Fontes, em 1948, onde passava as temporadas de verão.
A aquisição das posses foi regularizada através de um processo de usucapião proposto em 1952 e concluído em 1968.

Na Praia Vermelha do Sul, nos locais das antigas plantações, Leon e Olga, ambos já falecidos, intentaram o cultivo de café, laranja e coco – anão. Tais culturas vicejaram por alguns anos, mas as pragas acabaram por predominar, restando hoje, daquela época, alguns poucos coqueiros.

Com uma decisiva participação das autoridades da época, a partir da abertura da SP-55 na década de 60, Leon Sisla liderou um grupo de proprietários de glebas daquela península, notadamente o Dr. Klaus Mirim Rudolph e Thomáz Marinho de Andrade, contando com a decidida colaboração do então prefeito Dr. Alberto Santos, no sentido de abrir uma via de comunicação até a Praia da Fortaleza, contando também com a precisa colaboração do governo do Estado de São Paulo através do DER. A comunidade da vila da Fortaleza, que só tinha acesso á pé ou por embarcações, foi integrada cidade de Ubatuba.

O projeto do loteamento, de baixíssimo adensamento populacional, idealizado com cláusulas contratuais inseridas nas escrituras definitivas, pioneiras e inovadoras, acabou por se constituir em um empreendimento de carater altamente ecológico, numa época em que tal preocupação ainda era de poucos.

Não há muros divisores entre as unidades residenciais, e sim cercas vivas impostas pelas normas contratuais.

Cada lote só pode ter ocupação de 40% de sua área, com uma única casa e no máximo 2 pisos, exceção nos lotes inclinados que pode ser escalonado desde que não sobreponha mais que 2 pisos, de recuos de 6 metros de frente, 4 metros de fundos e de 3 metros nas laterais.
No há despejo de esgoto em córregos ou no mar, pois cada casa tem sua fossa séptica e sumidouro conforme ABNT 7229. Além disto houve um formidável e verdadeiro reflorestamento com mudas nativas nos lotes das partes mais planas, realizado por D. Olga Sisla e pela grande maioria dos proprietários de lotes.

Hoje, 5 décadas depois, temos como resultado do plantio uma ampla área verde, mesclada de mata nativa, que esconde dos olhos do visitante boa parte das construções.

A Associação dos Proprietários da Praia Vermelha do Sul, idealizada em 1974 e dirigida por D. Olga Sisla até seu falecimento, em 2005, propiciou uma participação intensa da comunidade que ali se instalou aos poucos, participação esta que, sem dúvida alguma contribuiu sobremaneira para o empreendimento todo, para que chegasse a ser o que é hoje em dia, um exemplo maior de como é possível a convivência do ser humano com a natureza, apesar de existir ali um empreendimento urbanístico.

A preocupação ambiental do Sr. Leon Sisla, originada na Lituania, teve continuidade na família, que manteve uma reserva de área verde, com exclusivo objetivo de preservação.
Segundo relato mais de 50 mil mudas devem ter sido plantadas por D. Olga, na Praia Vermelha do Sul desde que lá foi morar em 1971 até 2005 quando veio a falecer.

Em 1984, com a abertura de uma nova gleba, foi realizada a doação à Associação dos Proprietários da Praia Vermelha do Sul, de uma gleba com área de 725.300m2 da área total que compõe a Praia Vermelha do Sul que é de 1.420.000m2. Esta doação tornou o loteamento um exemplo único no município. Sendo assim, a praia esconde as 200 casas já construídas, assim como os 40 lotes livres, convidando ao descanso e ao contato com a natureza preservada.